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4 Junho, 2020O AECT e as Eurocidades do Minho estudam medidas de protesto para reclamar a abertura urgente de passos na fronteira com Portugal
A directiva do agrupamento transfronteiriço junto aos mandatários de Tui- Valença, Tomiño- Cerveira e Salvaterra- Monçao mantiveram um encontro no que afirmaram que a situação “agrava-se cada vez mais”.
O AECT Rio Minho e as Eurocidades do Minho acordaram num encontro adoptar medidas contundentes de protesto para reclamar a abertura urgente de passos na fronteira com Portugal. Segundo explica o director do agrupamento transfronteiriço e deputado provincial Uxío Benítez, a situação está-se voltando “insustentável”, já que o território do Minho está ‘afogado’ pela existência de um único passo na fronteira em Tui- Valença devido às restrições de mobilidade impostas pela COVID-19, o que impossibilitar a manutenção das intensas relações socioeconómicas entre ambas margens do rio.
Na reunião estiveram presentes o director do AECT, Uxío Benítez; o vicedirector, Fernando Brito Nogueira, assim como presidentes da Câmara e alcaldesas das câmaras municipais de Tui (Enrique Cavaleiro), Tomiño (Sandra González) e Salvaterra (Marta Valcárcel), assim como o presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira (Fernando Nogueira) e os vice-presidentes de Valença (Jose Temporão Monte), e Monçao (João Oliveira). Todos os dixirixentes mostraram o seu fundo mal-estar pela restrição e a existência de um único passo na fronteira, o que obriga a muitos trabalhadores e trabalhadoras transfronteiriços a dar rodeos de até 200 quilómetros para acudir aos seus postos, com as perdas económicas e de tempo conseguintes.
Medidas contundentes e visíveis
Os mandatários consideram que não é de recebo que a situação siga igual a dia de hoje que desde o inicio do estado de alarme, quando era preciso um confinamento estrito e uma restrição clara da mobilidade. Agora, sublinham, a situação tem-se modificado em geral para alixeirar a mobilidade em ambos estados e tem-se demonstrado a necessidade demais passos entre ambos países pelo seu dinamismo económico conjunto.
Como argumento dessa actividade, na reunião apresentaram-se os dados do último Observatório Transfronteiriço Espanha-Portugal (OTEP) publicado pelos governos espanhol e luso a finais de 2019 sobre a mobilidade na fronteira, que revelam que dos 60 passos existentes entre Espanha e Portugal, os de Tui- Valença, Tomiño-Vila Nova, e Salvaterra-Monçao estão entre os mais seis povoados e somam, entre os três, mais de 50% do trânsito de veículos total.
Com este plantexamento, tanto o AECT como as Eurocidades, adoptaram o acordo de passar à acção e plantexar medidas de protesto contundentes e visíveis que dêem nas vistas sobre a situação, ademais de seguir trabalhando na via administrativa para conseguir abrir um maior número de passos e permeabilizar a fronteira. Neste sentido, estão-se a estudiar fórmulas que, cumprindo os actos autorizados dentro da fase actual da desescalada, ponham de manifesto de modo simbólico e chamativo o mal-estar tanto das e dos dirigentes como da cidadania afectada. De facto, nos próximos dias convocará ao resto das cidades da ‘ raia’ para consensuar as medidas de pressão de maneira conjunta com o fim de que tenham um maior respaldo.
Muitos afectados
As e os dirigentes, sublinharam que a situação agrava-se cada vez mais para toda a cidadania transfronteiriça produzindo-se colas de até duas horas para realizar o passo entre ambos paíes, à vez que denunciaram que não há coordinação entre os corpos policiais, assim como que os problemas no sector do transporte são contínuos. Lembram que não só estão afectados pelo encerramento da fronteira os trabalhadores e trabalhadoras, senão que também a cidadania geral, que habitualmente mantém relações económicas e sociais estreitas que se vêem impossibilitar.
Via administrativa
Há que lembrar que o AECT Rio Minho, personalizado no seu director, Uxío Benítez, e no seu vicedirector, reuniu nos dias passados com o próprio delegado do Governo na Galiza, quem tramitou a solicitude de abertura de passos aos Ministérios de Sanidade e Interior sem ter ainda uma resposta frutífera. Também se realizou um encontro com o secretário geral da Associação de Rexiós Fronteiriças Europeias (ARFE) Martín Guillermo Ramírez, quem confirmou a deslocação do protesto pelo encerramento da fronteira à própria responsável pela CE, Ursula Von der Leyen.
O AECT iniciou as reclamações da abertura de passos formalmente com a assinatura de uma declaração formal o passado 28 de abril por parte das alcaldesas e presidentes da Câmara da raia. O documento foi remetido ao governo central e às delegações, à Junta, assim como a diversas entidades com o fim de buscar soluções imediatas para a grave situação socioeconómica.