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19 Maio, 2023A Eurocidade Cerveira-Tomiño inicia o seu Caminho de Santiago
A Câmara municipal de Tomiño apresentou nesta quarta-feira a variante da Nossa Senhora do Norte trás um ano de investigação que documenta o passo de pessoas peregrinas pelo território
Tomiño deu nesta quarta-feira o primeiro passo do seu Caminho de Santiago. Trás um ano de investigação, a alcaldesa de Tomiño, Sandra González; o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira; e o arquitecto e investigador Antonio Soliño, apresentaram o Caminho da Nossa Senhora do Norte a Santiago, uma variante do Caminho de Santiago que passa pelo território que recolhem já os arquivos históricos.
“Com o arduo trabalho facto até o de agora podemos documentar o passo de peregrinos e peregrinas por Tomiño ao longo dos séculos. Por isso hoje iniciamos esta passeata que não vai ser pequena, que vai levar tempo, mas rematará com sucesso com o reconhecimento oficial desta variante”, salientou a rexedora.
Proposta
Uma proposta de nova variante de Caminho a Compostela realizada que fortalece a identidade transfronteiriça e permite tender novas pontes de amizade entre Galiza e Portugal, já que começa em Barcelos, segue por Viana do Castelo e Cerveira e cruza a Tomiño para continuar por Gondomar, Vigo e Redondela até Vilavella, onde se funde com o Caminho Central a Santiago. “É uma andaina que começamos com muitas @ganas desde a Câmara municipal de Tomiño e à que foram somando-se com ilusão a Eurocidade Cerveira-Tomiño e as câmaras municipais pelos que passa o traçado”, salientou Sandra González.
Um entusiasmo que também destacou o presidente da Câmara de Cerveira, Rui Teixeira, para quem “esta nova variante reafirma o projecto de Eurocidade e a nossa relação histórica de trabalho e amizade. Seguimos cimentando uma relação com Galiza que é muito importante para nós e pensamos que o que estamos a dar hoje será o primeiro passo de centos de quilómetros caminhando juntas e juntos por este projecto”.
Um trabalho conjunto que também quis pôr em valor o presidente da Câmara de Gondomar, Paco Ferreira, para quem essa unidade “é fundamental para ser imparables e conseguir o reconhecimento pela primeira vez desta variante do Caminho de Santiago”. Por sua parte, a vereadora de Turismo de Redondela, María Castro, mostrou a alegria da câmara municipal redondelán de somar-se a este novo projecto, “porque sabemos que o caminho é um grão tractor para a economia e o turismo de qualidade”. O acto celebrado no salónde plenos da Câmara municipal contou com a presença da alcaldesa do Rosal, Ánxela Fernández Callís, e de autoridades e representantes do tecido asociativo e hostaleiro da comarca.
Dende o século XIII
A investigação documenta o passo de peregrinos e peregrinas por Tomiño para Santiago desde ao menos 1295, ano do que data a referência mais antiga conhecida. Como assinalou o investigador, Antonio Soliño, o xermolo do passo do Caminho por território tomiñés está na vila da Barca, “hoje já desaparecida situada no actual Goián, topónimo que certificar que era um dos passos importantes do Minho”. E se algo caracteriza à variante tomiñesa é “o alto valor do património construído pela arquitectura de origem medieval e barroca, mas sobretudo pela sua arquitectura militar e pelo elevado número de elementos etnográficos, especialmente pelos cañizos, cruzeiros e bolsos de ánimas, alguns deles com muita importância histórica”.