Agenda Estratégica Cerveira-Tomiño avança com OP Transfronteiriço e ‘Desporto para Todos’
17 Xuño, 2016Cerveira-Tomiño pretendem ser símbolo de cooperação europeia
19 Xullo, 2016Parque Transfronteiriço Castelinho-Fortaleza identificado como projeto singular nas relações entre os dois países
A recente criação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI) foi encarada pela Amizade Cerveira-Tomiño como mais uma oportunidade para apresentar as potencialidades do futuro Parque Transfronteiriço Castelinho-Fortaleza. Integrada numa visita mais alargada ao Vale do Minho promovida pela UNIMINHO, a coordenadora da UMVI, a Professora Helena Freitas, reuniu com os dois autarcas que fizeram o ponto da situação e traçaram os desafios do projeto. No final, a responsável destacou o caráter “simbólico, singular e estruturante deste projeto”.
Apostados em potenciar um território comum, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, e a Alcaldesa de Tomiñno, Sandra Gonzalez, estão a prosseguir com um conjunto de reuniões dos dois lados da fronteira para dar a conhecer aquele que será o primeiro Parque Transfronteiriço Norte de Portugal/Galiza ligado por uma ponte pedonal/ciclável. O objetivo é auscultar e sensibilizar as entidades competentes para a sua viabilização.
A apresentação do projeto à coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior decorreu, esta quinta-feira, no Aquamuseu do rio Minho, seguida de uma pequena visita ao Parque de Lazer do Castelinho e à margem do rio para perceber in loco a dimensão do projeto em causa.
Histórica relação entre as duas comunidades
O autarca cerveirense, Fernando Nogueira, explicou que foram criadas todas as condições de trabalho para sustentar um projeto “muito peculiar” por várias razões, entre elas “a existência de uma estação ferroviária dentro do próprio parque que serve as duas margens, assim como a convergência de uma vasta rede de percursos pedestres”. A alcadesa de Tomiño, Sandra Gonzalez, ressalvou a histórica relação entre as duas comunidades e o seu fortalecimento social, económico e cultural nos dias de hoje, afirmando que este parque com valências complementares dos dois lados representará uma mais-valia.
A coordenadora da UMVI congratulou-se com a articulação desenvolvida entre os dois concelhos tão próximos, destacando um projeto “perfeitamente de fronteira”. “Os rios são estruturantes nesta dinâmica transfronteiriça e este espaço tem um caráter muito singular e simbólico, com impacto positivo de natureza social, ambiental e de acessibilidade/mobilidade”, afirmou a Professora Helena Freitas.
O périplo de apresentação deste projeto já percorreu, do lado português, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Delegação Portuguesa da Comissão Interministerial de Limites e Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas, a Direção Geral dos Assuntos Europeus, a CCDR-N, a Capitania do Porto de Caminha, e a Associação Portuguesa do Ambiente, para além das entidades congéneres do lado da Galiza.
Um parque de 15 ha
Candidatado ao Interreg V-A 2014-2020, o parque transfronteiriço Castelinho-Fortaleza resultará da complementaridade de valências do Parque de Lazer do Castelinho (Vila Nova de Cerveira) e do Espaço Fortaleza de Goián (Tomiño), com uma área atual de 6 ha mas que, a médio prazo, corresponderá a uma área total de 15 ha dada as ampliações previstas. A concretização deste projeto só será possível pela ligação das duas margens, através de uma ponte pedonal e ciclável sobre o rio Minho, fazendo a ligação entre os dois parques.