Amizade de Cerveira e Tomiño alargada a oficinas de formação para crianças

Dando continuidade ao trabalho de colaboração desenvolvido entre a Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira e a Professora Esperanza Vazquez, responsável pela Biblioteca Escolar do CEIP de Sobrada, Tomiño, está prevista a realização de uma oficina de formação de contadores de histórias para crianças. Sessões decorrem, de 2 a 5 de julho, em Cerveira e, em Setembro, em Tomiño.

Este intercâmbio entre bibliotecas dos dois concelhos vizinhos já decorre há dois anos, mas ganha agora uma outra dimensão com a formalização da Carta da Amizade. A troca de experiências e conhecimentos, no âmbito da mediação da leitura para crianças e famílias, tem-se revelado um trabalho enriquecedor e que merece continuidade.

A ideia surgiu da necessidade de oferecer ao público-alvo ferramentas para melhorar a sua comunicação verbal, num momento em que estão imersos nas novas tecnologias. Esta oficina visa chamar atenção para a importância de uma educação de olhar, pois as crianças pertencem a uma geração em que o visual é predominante, mas serão capazes de interpretar todas as imagens que os seus olhos atingem?

Transmissores de histórias

Este projeto tem como essência o facto de as crianças não se resumirem a ser apenas receptores de histórias, dando a oportunidade de serem transmissores, com as bibliotecas a desempenharem um papel dinamizador deste ponto de vista, já que será um excelente momento para que os livros saiam das prateleiras e comecem a brincar nas mãos dos pequenos.

A atividade engloba uma formação de contadores para crianças, com idades compreendidas entre os 7 e 11 anos, incentivando-as a aprenderem a técnica de construção de uma montagem para um Kamishibai e como empregá-la numa narração oral.

Kamishibai, significa “drama de papel”, e é um conceito muito popular no Japão para contar contos que se alargou pelo Ocidente, primeiro como forma de contar histórias e, na atualidade, como uma ferramenta pedagógica para a criação literária e a narração oral. Com esta técnica, o espectador centra o seu olhar numa “Caixa Mágica”, criando no espectador o desejo de ver o que vai acontecer ao longo da história.

Cada sessão terá uma duração de duas horas. O número mínimo de participantes é de oito e o máximo de 16.